Nesta semana, a Câmara Municipal de Conselheiro Lafaiete rejeitou o projeto de autoria do Poder Executivo que possibilitaria a Viação Umuarama, concessionária do transporte coletivo de flexibilizar a obrigatoriedade de contratação de cobradores em determinados horários de pouca demanda de ageiros.

Apesar da empresa justificar que não haveria demissão em massa, o projeto não agradou os vereadores que em julho aprovaram a concessão de subsídio de mais de R$ 233 mil durante os dois primeiros meses de contrato com o município. No projeto, os vereadores incluíram um artigo da obrigatoriedade de manutenção de cobradores em todas a linhas e horários como condicionante para receber o incentivo financeiro.
Os vereadores criticaram a iniciativa do prefeito Mário Marcus (DEM) que segundo eles, poderia gerar demissões. O vereador Pedro Américo (PT) defendeu a manutenção dos cobradores. Giuseppe Laporte (MDB) também foi contra o projeto e criticou o prefeito. “O prefeito tinha que pensar em melhorar a pavimentação e não gerar desemprego. É isso que ele está querendo fazer”, afirmou o vereador.
Para o vereador Sandro José (PROS) com o projeto o prefeito tentou transferir a responsabilidade para Câmara. “Essa casa aqui (Câmara) não tem poder de deixou ou tirar trocador. Não tem o poder de dar ou tirar direitos trabalhistas. Essa obrigação é do Executivo”, afirmou Sandro.
Vado Silva (SD) se demonstrou revoltado com o projeto enviado à Câmara. Segundo ele, a Viação Umuarama tinha consciência que devia manter os cobradores. “A saída dos cobradores vai melhorar em que o transporte? Será que o culpado pela ineficiência é dos trocadores?, questionou o vereador. Vado afirmou que no Brasil inteiro a tendência é acabar com a profissão de cobrador de ônibus, mas é preciso dar a eles condições para atuar em outras áreas.
Pastor Angelino (PP) elogiou o trabalho dos cobradores e afirmou que extinguir o trabalho deles não resolve o problema do transporte público na cidade. “Sou contra isso. É uma covardia”, disparou o vereador que incentivou os colegas a também votarem contra. Após as discussões, o projeto foi votado e rejeitado por unanimidade pelos vereadores.