Nascida em Maceió em 24 de dezembro de 1938, a cantora e violonista Dona Jandira retornou às origens no domingo, 21 de novembro, com o show O Tempo não Destrói os Talentos, Aperfeiçoa! A presença de Dona Jandira marcou a primeira apresentação dela em palcos alagoanos após uma carreira consagrada em Minas Gerais.

A cantora morou em Itatiaia, distrito de Ouro Branco, e despontou no cenário musical mineiro após os sessenta anos. O show contou com a participação de alagoanas ilustres como Wilma Miranda, Leureny Barbosa e Selma Britto. A iniciativa faz parte da celebração dos 111 anos do Teatro Deodoro. No início do século XX, Maceió avançava significativamente em sua arte e cultura ao receber o teatro que se tornaria um dos mais importantes do Brasil: o Deodoro. Localizado no centro da capital alagoana, o prédio chama a atenção por sua beleza, imponência, grandiosidade e representatividade artística, cultural, histórica e arquitetônica. “Fiquei altamente emocionada e lisonjeada no palco de minha terra natal, no Teatro Deodoro, onde grandes artistas se apresentaram, fiquei sem palavras para agradecer”, relata a cantora. O músico e produtor José Dias Guimarães acompanhou e deu e à homenagem prestada em Alagoas à Dona Jandira.

Natural de Conselheiro Lafaiete, a professora aposentada Karminha Primo acompanha o trabalho de Dona Jandira e considera a artista uma diva da MPB. “Gosto da forma como ela canta. Dona Jandira é fantástica, uma senhora simples, de um valor artístico imensurável, uma guerreira. Ela merece todas as homenagens”, explica Karminha.

Nascido e criado no aglomerado da Serra, o compositor e estudante universitário Lico Vieira diz que Dona Jandira expressa a cultura negra de resistência. “É uma pessoa especial, uma artista brilhante que interpreta a força da nossa música, da nossa gente”.
Confira o show O Tempo não Destrói os Talentos, Aperfeiçoa no link: O tempo não destrói os talentos… Aperfeiçoa!