Morte de idosa após espera de vaga em UTI repercute na Câmara de Lafaiete

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A morte de uma idosa na Policlínica Municipal de Conselheiro Lafaiete após não conseguir vaga em leito de UTI foi repercutida pelos vereadores na sessão da noite da quinta-feira, 26/08. Maria das Graças, 69 anos, moradora do bairro Jardim do Sol.

No sábado, 21/08, Maria das Graças foi atendida na Policlínica após sentir fortes dores na cabeça. Ela ficou em observação e depois liberada. Porém, na madrugada do dia seguinte, Maria das Graças voltou a ar mal e familiares a levaram novamente à Policlínica, tendo o seu quadro de saúde agravada necessitando de atendimento em leito de UTI, via SUS Fácil. Porém, após aguardar a vaga por quatro dias, a paciente morreu na madrugada na quinta-feira.

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Para o vereador Pastor Angelino (PP) a saúde no município está um caos. “A gente sabe que a responsabilidade pela saúde é do Poder Executivo. Uma senhora de idade esperando leito e uma situação triste e caótica. Imagine a família. Temos de ter um pouco de empatia e se colocar no lugar do outro. Entender que poderia ser um de nossos familiares, um de nós, alguém da família do senhor prefeito. Senhor prefeito, vamos melhorar a saúde da nossa cidade. A nossa Câmara está disposta a somar”, cobrou o vereador.

Damires Rinarlly (PV) lamentou a morte da paciente e relatou o falecimento de um bebê no município por falta de UTI neonatal. A vereadora cobrou a união dos poderes para viabilizar a instalação de UTI neonatal. O vereador Erivelton Jaime (Patriota) afirmou que a morte de Maria das Graças é descaso e desumano. Ele lembrou que o SUS Fácil é um programa da Secretaria de Estado de Saúde que garante atendimento ágil e qualificado, mas segundo ele em Conselheiro Lafaiete não funciona. “Não funcionou na nossa cidade. É uma verdadeira falta de vergonha. Falta de respeito”, afirmou o vereador que pediu que a falta de UTI para a idosa seja esclarecida.

O vereador Pedro Américo (PT) criticou a demora no atendimento na Policlínica Municipal. Com relação ao SUS Fácil, o vereador explicou que Conselheiro Lafaiete depende de Barbacena.  “As vezes tem vaga no hospital e a pessoa fica esperando vaga no Pronto Socorro”, afirmou o vereador.

Sandro José (PROS) afirmou que no SUS Fácil a regulação é inoperante. O vereador pediu que a Câmara Municipal enviasse a denúncia ao deputado Glaycon Franco (PV), ao presidente da Assembleia de Minas, Agostinho Patrus (PV) e outros a órgãos. de saúde. “Isso é uma cosia que vem acontecendo rotineiramente Uma briga constante dos nossos cidadãos pedindo em nossos gabinetes a intervenção para que posa conseguir as vagas na UTI e não conseguem. A gente sabe que tem vaga, mas a gente sabe que é um descaso e não é dos funcionários de Conselheiro Lafaiete. É da regulação”, afirmou Sandro.

O vereador Giuseppe Laporte (MDB) que é médico destacou a dificuldade dos pacientes em conseguir vagas em UTI. Giuseppe cobrou ações da istração municipal em prol da melhoria no atendimento à população na área de saúde. “Tem que ter uma solução. Inaugura posto de saúde, mas falta médico”, criticou. Vado Silva (SD) destacou a necessidade de o Hospital São Camilo voltar para o prédio onde está funcionando o Hospital de Campanha e cobrou que a Prefeitura estude a possibilidade.  “Podia separar uma área com 10, 15 leitos e voltar o São Camilo”, cobrou o vereador. O presidente da Câmara, João Paulo Fernandes Resende autorizou a busca de informações para esclarecer o motivo da idosa não ter sido atendida com a vaga de UTI.

Secretaria de Saúde responde

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, imediatamente após o diagnóstico da paciente, ela foi cadastrada no SUS fácil como já é de conhecimento de todos. Porém, a governabilidade das vagas UTI e Clínico   de competência do Governo do Estado.

A referência para AVC (Acidente Vascular Cerebral) pactuada na rede de urgência e emergência na macrorregião é o Hospital Santa Casa de Misericórdia de Barbacena. O município não tem autonomia para encaminhar paciente sem a regulação da vaga pelo estado.

Deputado se manifesta

Sempre atento às questões relacionadas ao sistema de saúde pública, o deputado estadual, Glaycon Franco, busca incessantemente por dados e informações junto à Secretaria de Estado de Saúde. Neste episódio lamentável, Glaycon Franco se solidariza com a família enlutada e reafirma seu compromisso em busca de uma saúde mais humanizada e eficiente.

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