Um encontro inusitado

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Em meio a uma vida cheia de idas e vindas, o famoso “corre-corre” e nossos afazeres acadêmicos, resolvi dar uma trégua a para meus amores e meus desejos. Nossa história começou com uma mensagem em certo aplicativo. − Qual deles? − Ah, meu caro, depois te conto. Por ora, você precisa saber que uma simples mensagem com um clássico “Oi, tudo bem? Vc é de onde?”, vivenciei esta experiência que agora se torna pública.

No começo, achei a pergunta que invadira repentinamente a tela de meu smartphone meio burra, pois, nesse tal aplicativo, há um recurso que mostrava a distância que estávamos.  Nesse caso, era menos de distância, uns quinhentos metros. Então, respondi a essa pessoa e começamos a conversar. E como toda conversa tem um intuito, logo concluímos que o nosso objetivo era o de nos encontrarmos.

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Após muita conversa, risadas e tudo mais que podemos fazer à distância, por meio de cliques, digitações, gravações e emoticons, enfim nos entramos pessoalmente. E foi a partir desse momento que começamos a dar rumo a nossa história, pois esse, por si só, já era um encontro diferenciado. Por qual razão? Ora, deixe-se levar pela sua imaginação.

Voltando ao que cabe ser contado aqui, fomos a uma sorveteria e conhecemos muitas histórias engraçadas sobre nós mesmos. As gargalhadas eram tão altas que todos ficavam nos olhando, sem saber o que dizer. Depois de um bom tempo, terminamos e aquele tão sonhado afeto ainda não tinha ocorrido. Não podíamos nos beijar publicamente, ali na sorveteria.

Então, andamos por todo o centro daquela cidade. Sobe e, desce rua, entra beco, sai beco. Parecia que, nesse dia, o universo estava nos julgando. Todos os lugares estavam cheios de outras pessoas, que, por sinal, tinham o “alvará” da sociedade para dar, receber e, quem sabe, vender carícias publicamente. Depois de muita caminhada, encontramos o tal “lugar”. Sentamo-nos, descansamos e conversamos mais um pouco.  Apenas uma enrolação para o suor secar e os lábios sinalizarem o momento esperado.

Afemaria, depois de toda labuta, o tão sonhado beijo aconteceu. Naquele momento incrível, o cheiro do meu perfume estava exalando, pois ele estava ando a mão em minha nuca. Mas, em um determinado momento, assim que abrimos os olhos, havia três cachorros julgando a gente. Vou ser sincero. Achei o episódio muito estranho. Estava me sentindo no National Geographic invertido. Naquela situação, em uma realidade paralela, Sérgio Chapelin anunciava: “Quem são, onde vivem, de que se alimentam. Hoje, no Globo Repórter”. Se você já assistiu ou vai assistir a esse programa, lembre-se desta história. Não se pergunte se ela é fictícia ou real, mas não se esqueça que houve um julgamento contra os seus dois protagonistas. Até quando isso irá acontecer na ficção ou no mundo real? Não há motivo para essa intolerância!  Seja imaginado, seja verídico, um beijo deveria sempre terminar com uma história feliz! 

Por Felipe Gustavo de Paula Vieira: Estudante do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) – Campus Congonhas

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