Ataque de hackers e protesto marcam a Audiência Pública que discutiu retorno às aulas presencias em Lafaiete

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O retorno às aulas presencias em Conselheiro Lafaiete foi tema de Audiência Pública na Câmara Municipal na noite da segunda-feira, 1º de março. O assunto foi discutido por vereadores e profissionais da educação representando as escolas municipais, estaduais e particulares, além da participação dos secretários, Rita de Kássia de Melo Silva (Saúde) e Albano de Souza Tibúrcio (Educação).

O encontro foi privado e transmitido pela internet. Do lado de fora, houve protesto reunindo quem defende o retorno das aulas presenciais. Os manifestantes promoveram buzinaço, levaram cartazes e com gritos pediram a volta imediata do sistema presencial. Tão logo o secretário municipal de Educação, Albano de Souza Tibúrcio iniciou sua fala, houve um ataque de hackers que inseriram conteúdos pornográficos na transmissão online e a sessão foi suspensa por mais de 20 minutos.

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O presidente da Câmara, João Paulo Fernandes Resende (DEM) criticou a invasão. Com isso, somente os vereadores Sandro José (PROS) e Eustáquio Silva (PV), além da Promotoria de Justiça, Dra. Liliane Fagundes puderam participar da Audiência Pública via internet. Ao retornar sua fala, o secretário de Educação destacou o momento delicado da pandemia e afirmou que jamais será tomada uma atitude para retorno das aulas presenciais sem o embasamento das autoridades sanitárias. Tibúrcio entregou aos vereadores o planejamento escolar para 2021.

Roberto Santana que é presidente do Conselho Municipal de Saúde e professor, afirmou que é necessário planejamento para o retorno do ensino presencial. “Escola não é depósito de menino. Escola é lugar de aprendizagem”, destacou. No momento em que a representante do Conselho Municipal de Educação, Etelvina Rossi iniciava sua fala a Audiência Pública foi novamente suspensa por conta do barulho do lado de fora causado pelos manifestantes. Ao retornar sua fala, Etelvina afirmou que foi elaborada uma cartilha no ano ado com diretrizes para o ensino com organização das aulas remotas e hibrida. Etelvina também destacou a necessidade de planejamento para que haja o retorno seguro dos alunos às escolas.

A superintendente regional de ensino, Maria de Lourdes Reis Silva Beato afirmou que as escolas da rede estaduais ainda não podem voltar com o ensino presencial nem no modelo híbrido. O diretor da Escola Estadual Monsenhor Horta, Paulo Roberto Baptista destacou que os países que retornaram as aulas presenciais de forma precipitada tiveram que recuar. Segundo ele, o momento é de bom senso e que é necessário avançar nas discussões para aperfeiçoar o sistema de aulas remotas.  

Representando as escolas particulares, Samuel Thiago Andrade Araújo destacou as dificuldades enfrentadas durante a pandemia. Segundo ele, a realidade das escolas particulares e diferente da rede pública e defendeu o retorno das aulas de forma presencial.  Samuel afirmou que as escolas particulares não podem ficar atreladas as decisões da rede municipal. “Nós dependemos das mensalidades”, disse.

Apesar das manifestações a favor e contrárias ao retorno das aulas presenciais, ficou evidente a falta de planejamento para que os alunos possam retornar para as escolas de forma segura em meio a pandemia.

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