Um ano de lançamento do ep “Grito da Carpiah”

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Há exatamente um ano os lafaietenses da Carpiah lançavam o EP/manifesto “Grito”. Naquele longínquo 2019 a floresta amazônica jazia em chamas, o litoral do nordeste era invadido por uma misteriosa e gigantesca mancha de óleo, Minas Gerais via suas serras e montanhas se tornando imensas crateras e sua população convivendo com o medo de monstruosas barragens romperem e uma avalanche de lama varrer tudo o que via pela frente.

Apesar de todo esse cenário assustador, os governantes não se mostravam muito preocupados e questões relacionadas a políticas ambientais nunca se tornaram o centro da discussão. A necessidade de gritar era cada vez mais urgente e discutir sobre a relação homem/natureza/capital imprescindível para entender nosso lugar nesse todo.

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O conceito do EP, tanto a escolha das músicas quanto a capa, assinada pelo artista Hugo Gherard, teve essas questões como norte. Porém, após mais de 365 dias do lançamento, a urgência desse “Grito” se mantém forte. O cenário que nos encontramos, com o Pantanal sendo consumido por incêndios, a maior crise sanitária vivida por nossa geração, um total desmonte de nossa legislação ambiental e a impressão de que nossos governantes vivem numa outra realidade, nos alertam que o “Grito” da Carpiah ainda não ecoou o suficiente e uma audição atenta a essas canções ainda trazem relevantes reflexões.

Desde sua origem a Carpiah carrega em seu trabalho a valorização da mineiridade e o compromisso com a preservação de nosso planeta. O “Grito” é reflexo disso, vem recheado de verdade e coerência no discurso, sem deixar de lado a “leveza” da poesia e a execução precisa de músicos competentes e criativos. e em sua plataforma de streaming preferida e tire suas próprias conclusões.

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