Indignada com o caso dos animais soltos nas ruas de Conselheiro Lafaiete, uma moradora do bairro São Judas Tadeu relatou ter sofrido um acidente quando pilotava uma motocicleta. Identificando-se apenas como Cintia, ela afirmou que voltava para o trabalho quando sofreu uma queda por conta do estrume dos animais que estavam soltos na rua.

“Quando eu estava descendo o morro próximo à casa da minha mãe no bairro São Judas Tadeu, me deparei com aquele monte de vacas e bezerros. Elas subiram, mas deixaram suas fezes que parecem óleo. Escorreguei, cai e rolei morro abaixo e a moto também”, relatou Cintia que teve uma luxação no pé esquerdo e ralou os joelhos e as mãos.
“Agora estou com joelhos e mão machucados. Sou autônoma e dependo das mãos para trabalhar. Tenho minhas responsabilidades a cumprir. E Alguém tá aí com isso? Não né? Brasil não existe lei. Lafaiete piorou”, disparou a moradora que relatou ainda se deparar diariamente com vacas andando pelas ruas do bairro atrapalhando o trânsito.
“É o risco iminente de acidente como aconteceu comigo e tragicamente tirou a vida do Jair”, disse Cintia ao referir à morte do comerciante Jair Egg de Miranda que bateu a motocicleta que conduzia em uma vaca na MG-482, no sábado, 07/09. O comerciante foi socorrido, mas morreu em um hospital em Barbacena no dia seguinte ao acidente.
“Eu fico pensando como o dono desses animais consegue colocar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilamente sabendo o que está acontecendo por causa de tanta imprudência”, lamentou. Essa não foi a primeira vez que Cintia sofreu acidente em decorrência de animais soltos na rua. Segundo ela, em outra ocasião ela acabou batendo a moto em um bezerro. Com a batida, ela caiu e quebrou o pé.

Manifestação
Para cobrar uma solução para o caso dos animais soltos nas ruas, moradores preparam uma manifestação para o sábado, 14/09, ao meio dia, em frente ao Campus da Unipac, no bairro Gigante. Familiares de Jair Egg de Miranda estarão presentes ao ato público que deverá paralisar a rodovia de 5 em 5 minutos para chamar a atenção para o grave problema.