Justiça nega pedido de transferência do pai de João Miguel

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Alegando questões de segurança a defesa de Mateus Henrique Leroy Alves, de 37 anos, pediu à Justiça que ele seja transferido de presídio. Mateus está preso no presídio de Conselheiro Lafaiete acusado de desviar cerca de R$ 600 mil arrecadados na campanha em prol do filho João Miguel portador da AME (Atrofia Muscular Espinhal.

Foto: Divulgação Polícia Civil.

Mateus seria transferido para o Complexo Penitenciário de Ponte Nova. Porém, o pedido de transferência foi negado e ele deverá permanecer no Presídio de Conselheiro Lafaiete para participar das audiências na justiça.

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O inquérito sobre o caso foi concluído pela Polícia Civil. Ao relatar o inquérito policial, o delegado responsável pelo caso, Daniel Gomes, indiciou Mateus pelos crimes de estelionato, apropriação e desvio de valores de pessoa portadora de deficiência, abandono material e falsa comunicação de crime. As investigações mostram que a partir do mês de maio deste ano Mateus saiu de casa e continuou com as campanhas nas redes sociais, fornecendo os números das contas sob sua responsabilidade e também deixando à disposição o número de seu telefone para receber doações.

Várias doações foram recebidas por Mateus nesse período. Ainda segundo os levantamentos, o suspeito continuou a dar destinação diversa da que ele alegava nas redes sociais, induzindo e mantendo a sociedade em erro, para obter vantagem indevida. Responderá, portanto, pelo crime de estelionato, cuja pena varia de 1 a 5 anos de prisão.

Com relação às doações obtidas nos meses anteriores a maio, Mateus ou a se apropriar delas e a desviar os recursos de seu filho portador de deficiência, cometendo o crime específico da lei 13.146, em seu artigo 89, com pena de 1 a 4 anos de prisão.

Além disso, Mateus responderá pelo crime de abandono material, uma vez que abandonou sua esposa e filhos menores de idade, que dependiam de seu rendimento mensal de R$ 1,2 mil para custear as despesas da casa, podendo a pena chegar até 4 anos de prisão. Somadas, as penas podem chegar a 15 anos de prisão.

De acordo com o delegado Daniel Gomes, os dados levantados demonstram que Mateus mentiu durante seu interrogatório ao alegar que foi extorquido por traficante, praticando, portanto, comunicação falsa de crime, com pena de 1 a seis meses de prisão.

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