Bombeiro civil de Lafaiete se emociona ao falar da atuação voluntária em Brumadinho

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Um dos lafaietenses voluntários que atuaram nos resgate das vítimas do rompimento da barragem Córrego do Feijão em Brumadinho, destacou ao site de notícias Lafaiete os momentos que vivenciou no local da tragédia. O bombeiro civil, Chrystian Dias, morador do bairro Chapada, chegou a Brumadinho ainda no dia 25/01, data em que houve o desastre.

Chrystian Dias foi dos bombeiros civis que atuaram em Brumadinho

No dia seguinte, ele participou das ações de resgate de vítimas. “A nossa equipe estava composta por cinco integrantes experientes e treinados. Estivemos também atuando voluntariamente no resgate das pessoas no rompimento da barragem de Mariana em 2015. Levamos muitos equipamentos que foram uteis no resgate de corpos”, relatou Chrystian.

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Tragédia provocou um mar de lama e destruição em Brumadinho. Foto: Corpo de Bombeiros.

Em meio ao trabalho árduo desenvolvido pelas equipes de socorro composta por unidades do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e voluntários, o cenário de destruição comoveu Chrystian Dias. “Atuamos dentro da Vale e a cena com que nos deparamos foi assustadora, tudo devastado pela lama. Pior era saber que ali debaixo de toda aquela lama estavam vários corpos. Neste dia (26/01) juntamente com os bombeiros militares foram resgatados quatro corpos mutilados. Que tristeza”, descreveu o bombeiro civil.

Cenário de destruição. Foto: Corpo de Bombeiros.

Chrystian contou a nossa reportagem que o que mais marcou a sua atuação em Brumadinho foi o chamado de socorro que veio pela direção da Vale.  “Era uma mulher que estava em um caminhão pipa que através do GPS conseguiu mandar sua localização, mas apesar de todo o esforço não foi possível chegar até ela. O local em que a mulher estava não conseguíamos ter o e as horas foram ando e nosso coração se angustiando, pois ela estava com vida debaixo de toda aquela lama e não seria possível retira- lá com vida”, lamentou.

Foto: Corpo de Bombeiros.

Experiente e sabendo que ainda podia ajudar mais as equipes de salvamento, Chrystian também ficou frustrado ao ser dispensado dos trabalhos no local da tragédia juntamente com outros voluntários. Segundo ele, a despensa foi feita com a chegada dos militares israelenses. “Acatamos as ordens e retornamos com o senso do dever cumprido dentro daquilo que podíamos ajudar. Esperamos é que Deus conforte as famílias que perderam seus entes queridos e que achem punição para os responsáveis por esta tragédia”, concluiu Chystian.

Até o momento foram confirmadas 150 mortes e 182 pessoas estão desaparecidas. 

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